PORQUÊ ABRIL EM BRANCO? Porque os valores inerentes a – e adquiridos como fundamentais- na Revolução de 25 de Abril de 1974, são uma página em branco, em permanente construção, e reconstrução; porque essa página de democracia e liberdade, não é absoluta e adquirida. Exige constante reafirmação e alerta, como muito bem expressa “FMI”, a intemporal e icónica composição de José Mário Branco; porque a defesa consciente, sólida e frontal da igualdade, democracia e liberdade, são indissociáveis da vida, música e legado de José́ Mário Branco;
Abril em Branco sintetiza diferentes componentes do homem, cidadão, compositor e artista multifacetado, incontornável na história da música e da cultura portuguesas. O espetáculo alia uma abordagem criativa à vertente meramente instrumental, a componente poética- inseparável da obra de José́ Mário Branco – e revisita fontes e referências diretamente ligadas ao autor. Abril em Branco fala de recomeços, abordagens e intemporalidades. Constrói-se de composições e poemas da autoria de José́ Mário Branco, mas também de outros autores que “muito lhe diziam”;
Abril em Branco reúne um conjunto de músicos com forte formação clássica e experiência em diversos projetos inovadores e/ou com uma marca bastante distinta e de forte impacto na música portuguesa. Ao contrário de uma mera reprodução ou interpretação das composições de José Mário Branco, o projeto assume harmoniosamente a marca pessoal e a interpretação própria de cada elemento para uma abordagem diferente, contemporânea e criativa da sua notável obra
Com interpretações de Luca Argel, Catarina Munhá, Abril em Branco é acima de tudo um trabalho coletivo que conta com os músicos Filipe Valentim, Luís Bastos e Quarteto de Cordas Naked Lunch. Porque Abril, é uma mesmo folha em branco, neste caso, através de uma obra eternamente revisitável, sempre atual e comovente.
WHY Abril em Branco? Because the values inherent to—and acquired as fundamental during—the April 25, 1974 Revolution, are a blank page, in constant construction and reconstruction; because this page of democracy and freedom is not absolute or guaranteed. It requires constant reaffirmation and vigilance, as so well expressed in “FMI,” the timeless and iconic composition by José Mário Branco; because the conscious, solid, and direct defense of equality, democracy, and freedom is inseparable from the life, music, and legacy of José Mário Branco.
Abril em Branco synthesizes different components of the man, citizen, composer, and multifaceted artist, who is undeniable in the history of Portuguese music and culture. The show combines a creative approach to the purely instrumental aspect, the poetic component—inseparable from the work of José Mário Branco—and revisits sources and references directly related to the author. April in White speaks of new beginnings, approaches, and timelessness. It is built from compositions and poems by José Mário Branco, but also from other authors whose works “meant a lot to him.”
Abril em Branco brings together a group of musicians with a strong classical background and experience in various innovative projects and/or with a distinct mark of significant impact on Portuguese music. Unlike a mere reproduction or interpretation of José Mário Branco’s compositions, the project harmoniously incorporates each element’s personal mark and interpretation for a different, contemporary, and creative approach to his remarkable work.
Featuring performances by Luca Argel and Catarina Munhá, Abril em Branco is, above all, a collective work that involves musicians Filipe Valentim, Luís Bastos, and the Naked Lunch String Quartet. Because April is indeed a blank page, in this case, through a work that is eternally revisitable, always relevant, and deeply moving.
filipa.patricio@mosto.pt || Tel. +351 964281301